Por André Haddad: Londres “jovem”

Oi Galerinha! Hoje nosso post contará com a participação especial do meu super amigo baphonico, Andrezinho.  Ele acaba de passar uma temporada em Londres com sua linda noiva (que em breve vocês conhecerão também, afinal ela é baaapho!) e tem altas dicas para nos passar!

Quem é o Andrezinho? 

André, 27 anos, espírito jovem, adora viajar e comer! Se puder juntar as duas coisas, melhor ainda!

 

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Viajar para Londres requer alguns cuidados especiais, coisas simples, mas que é bom ficar ligado quando estiver na “Terra da Rainha”.

A cidade é dividida por zonas, numa espécie de cebola, onde a parte central é a zona 1 e, conforme você vai se afastando do centro londrino, mudam as zonas. Para se ter uma ideia, o principal aeroporto da cidade (e local que chegam os voos diretos do Brasil, Heathrow Airport) fica na zona 6 e as principais atrações da cidade estão nas zonas 1 e 2.

Londres é uma cidade plana, ou seja, dá para fazer grande parte do turismo à pé (dependendo da localização do seu hotel/hostel). Mesmo assim, para aqueles que vão visitar a cidade a partir de 4 dias eu recomendo fazer o Oyster Card semanal (espécie de Bilhete Único totalmente integrado pelas linhas de metro e ônibus). O valor do pacote semanal para uso ilimitado, mais a emissão do cartão, sai por volta de £35. Para aqueles que preferem caminhar, ou que ficarão menos de 4 dias ou, até mesmo, que prefiram comprar as passagens simples, o valor do bilhete individual do metro sai por volta de £4,30.

Mesmo que prefira fazer tudo à pé a dica é ao menos uma vezes utilizar o metro para ouvir o famoso “Mind the gap” e ver os “tipões” que frequentam o metro, dos comerciantes de rua, punks, patricinhas até os engravatados de Canary Wharf, centro financeiro.

 

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Também vale um passeio de “Big Bus”! Procure os de 2 andares e tente sentar na primeira cadeira na parte de cima. Como a mão do trânsito inglês é invertida em relação à mão do Brasil, o passeio é divertido, porém aflitivo (parece que vai atropelar todo mundo!).
IMPORTANTE: os ônibus da cidade só aceitam o Oyster Card, não existe a possibilidade de pagar ao motorista.

#dicasbapho:

  • a tomada em todo Reino Unido é com 3 pontas achatadas, modelo raro, não encontrado com facilidade no Brasil. Leve um benjamim do Brasil e compre apenas um adaptador em Londres;
  • visto: para o Reino Unido o visto é concedido no momento de entrada no país. Leve apenas a reserva do hotel e as passagens que não haverá problemas em passar pela polícia;
  • clima: tanto o verão quanto o inverno em Londres ventam muito. Mesmo olhando na previsão do tempo antes de viajar, prepare-se  para ventos fortes e sensação térmica abaixo do que está marcando no termômetro;
  • segurança: apesar de ser uma cidade grande, Londres é bastante segura. Não se preocupe em voltar de ônibus ou metro a noite.

– aplicativos úteis:

1) Para ter o mapa do metrô procure pelo aplicativo Tube Map (você pode utilizá-lo em modo offline)

2) Para os itinerários e horários de saída, melhores caminhos e preços de jornada, baixe o aplicativo Citymapper (o meu favorito). Para usá-lo você tem que estar online.

3) Para dicas do que está rolando em Londres como shows, festivais e guia de restaurantes, baixe o aplicativo Timeout.

4) Opentable. Esse aplicativo é extremamente útil para os que gostam de sair para jantar e procuram os bons restaurantes da cidade. Com ele você vê a disponibilidade de lugares e faz sua reserva online.

5) Addison Lee é um aplicativo para chamar um taxi. Muito utilizado em Londres, o taxi vai apanhá-lo onde você estiver em poucos minutos, precisa apenas cadastrar um cartão de crédito para utilizá-lo.

Top 10 para um turismo baphonico:

1. Bairros

Londres é uma das cidades com maior diversidade de culturas do mundo (talvez por isso o tipo mais raro de se encontrar por lá são os londrinos). Por isso, a cidade foi se modelando para atender os diversos tipos de público. Bairros como Notting Hill, Marylebone e Covent Garden são os mais típicos de Londres, com prédios muito bonitos (e caros). Mas também existem os bairros mais descolados e modernos como Shoredicth, Camden Town e Canary Wharf por exemplo.

  • O bairro de Notting Hill tem o charme, o glamour e a gastronomia como pontos fortes. O bairro cresceu muito depois do famoso filme “Um lugar chamado Notting Hill” tornando-se destino obrigatório para os turistas. Mas a famosa “casa da porta azul” e a livraria do filme decepcionam um pouco. A “casa da porta azul” não existe mais. Foi leiloada depois que o dono perdeu a paciência com o número de turistas na frente da sua casa e, a livraria é fiel ao filme, mas apenas sua fachada. Uma caminhada pela agitada Portobello Road é sempre uma boa pedida, com muitas barraquinhas de comidas, souvenires e lojas. A Westbourne Grove é a rua que tem o maior numero de restaurantes e lojas (algumas grifes) no bairro.

 

  • Em Covent Garden, talvez um dos bairros mais chiques e badalados de Londres, você encontra um número imenso de restaurantes, pubs e bares. Extremamente charmoso, o bairro tem que ser feito todo a pé. Logo ao lado da estação de metro há o Covent Garden Market, com uma variedade de comidas incríveis! Do famoso chef Jamie Oliver ao famoso hambúrguer Nova-iorquino Shake Shack. Minha recomendação por aqui é tomar um drink antes do jantar no Freud (bar underground com uma variedade de drinks – todos com uma cara ótima – e sempre bastante cheio). #dicabapho: Jantar pelo bairro sem uma reserva é uma tarefa difícil. Minha recomendação é entrar nos sites, aplicativos ou ligar antes para reservar um lugar. Mesmo que seja uma segunda feira chuvosa, é melhor garantir!

 

  • Shoredicth é talvez o bairro mais badalado (e descolado) de Londres. Lá você come por £10 ou £50, vai da sua vontade e não necessariamente o mais barato é pior. Food truck por lá é o que não falta! Minhas dicas baphonicas de lugares para ir por lá são o Spitafield Market (mercado com uma variedade grande de barraquinhas de camisetas, vestidos, óculos e comidas, é claro, tudo com o preço bastante acessível) e o restaurante Pizza East, que não é uma pizzaria qualquer e talvez um dos meus lugares preferidos de Londres, comida e bebida excelentes com um preço justo.

 

  • Provavelmente o bairro mais freek de Londres, Camden Town é o bairro com a maior mistura de tribos que vi. Na verdade, o bairro é praticamente uma rua. Saia da estação de trem da linha preta que leva o mesmo nome do bairro e suba pela Camden High Street. As fachadas das lojas já falam por si só. O bairro é um dos meus preferidos com o famoso Camden Lock Market, mercado com uma explosão de variedade de barracas de comida do mundo inteiro! O bairro é famoso também por ser o local onde Amy Whinehouse nasceu, cresceu e bebeu, bebeu e bebeu… Rs. Há uma estátua dela dentro do mercado e o famoso pub The Hawley Arms onde a cantora costumava beber e sair alegrinha todos os dias.

 

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  • Marylebone é só glamour. Lá você encontrará os restaurantes, lojas e apartamentos mais caros da cidade! É um bairro bastante bonito e clássico, suas construções são a cara da riqueza. Para quem curte moda, é o lugar certo para ver as tendências (só ver, porque comprar é difícil) e ficar por dentro do que está para chegar no Brasil.

 

  • Um passeio que acho diferente e bacana de se fazer para quem tem mais tempo em Londres é a visita à Greenwich e Canary Wharf. Greenwich é o lugar onde o mundo é dividido ao meio, com o meridiano marcando a hora global oficial, além de ter um parque bastante bonito e um observatório de onde é possível se ver grande parte de Londres. A parte chata é que para tirar a típica foto com um pé de cada lado do meridiano você é obrigado entrar em um museu e pagar £8,50, mas não é algo que vá fazer você voltar atrás. Desça na estação DLR Greenwich (espécie de overground, totalmente interligado com as linhas de metro) e siga as placas até o observatório. O bairro parece uma outra cidade, com ruas pequenas e pouco movimento. Na volta de Greenwich pare na estação DLR Canary Wharf. O bairro é o novo centro financeiro de Londres, com tudo o que há de moderno e sofisticado. O centro financeiro é um antigo estaleiro que foi totalmente reconstruído para ser a casa dos maiores e mais imponentes prédios da cidade. Tudo o que tem acima da terra Canary Wharf tem em baixo da terra. O subsolo do bairro parece uma cidade, muito provavelmente feito para as épocas de frio intenso com fortes ventos e a garoa fininha que costuma cair sobre Londres.

 

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2. Happy Hour Baphonico:

O inglês é um povo que gosta de beber. De segunda a segunda os pubs da cidade ficam cheios de engravatados com o famoso “pint” (copo de 500ml de cerveja) na mão. Em qualquer esquina e em qualquer bairro você encontra um pub clássico londrino, com suas cervejas artesanais e as mais populares. Se optar por um pint “da casa”, saiba que ele não estará tão gelado como o brasileiro gosta. As populares Peroni, Stella, Carling, Carlsberg entre outras estão sempre do jeito que o brazuca gosta!

 

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3. Troca de guarda da Beth.

Quase que diariamente acontece a troca da guarda as 11:30, com a famosa pontualidade britânica no Palácio de Buckinham. Prepare-se para uma multidão de pessoas e um lugar que nem sempre é possível se ver tudo o que acontece (além é claro do mar de paus de selfie que atrapalham bastante a vista). É um programa legal de se fazer mas não obrigatório. O palácio e os parques ao redor são extremamente bonitos, por isso, se não fizer questão de assistir os guardinhas com o chapelão marchando, fuja do horário da troca da guarda.

 

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4. Chá das 5:00

Um dos principais costumes do povo inglês é o chá das 5:00. Esse horário é irrelevante, já que o inglês toma chá a qualquer hora do dia. Procure por uma casa de chás no aplicativo Timeout e desfrute de uma imensa variedade de sabores com um bolo seco para acompanhar. Nele você encontra as figuras mais típicas de Londres com seus sotaques britânicos algumas vezes impossível de entender.

 

5. Jamie Oliver, o dono do pedaço.

Algumas vezes tive a sensação que o famoso chef inglês Jamie Oliver é mais popular do que a própria rainha. O chef domina a cidade em todos os âmbitos, seja nos programas de TV, livrarias ou restaurantes. Ele tem vários restaurantes na capital inglesa (e fora dela) com diferentes bandeiras. Fui em 3 deles e recomendo todos. O famoso Fifteen tem uma carta de drinks incrível. O Barbecoa, famoso pela vista da imponente Saint Paul’s Cathedral e seus pratos bem elaborados. E o Jamie’s Italian, com massas caseiras com uma qualidade ímpar (esse um pouco mais barato que os demais). Vale ir em um dos 2 primeiros, já que o Jamie’s Italian abrirá uma filial no Brasil em breve.

 

6. Electric Cinema, uma viagem no tempo.

Pode parecer um programa simples e uma perda de tempo ir ao cinema em Londres, mas nessa rede de cinemas não é! O Electric Cinema é um charme. Bastante estiloso e pequeno o lugar é vintage com poltronas de “casa de avó” super confortáveis, cobertor e uma mesinha com abajur separando as poltronas. Como o lugar é pequeno, vale comprar online com certa antecendência. Opte pela “arm chair” e por jantar por lá! Gostei muito de ir nesse cinema e recomendo bastante!

 

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7. Parques, parques e mais parques!

Londres tem uma coleção de parques incrível! Os mais famosos deles são o Richmond Park, o Regents Park e o Hyde Park. O Richmond é um pouco afastado do centro da cidade, leva um certo tempo para chegar, mas o passeio compensa. Lagos, árvores tortas e animais soltos é o que há de bom por lá! O Regents Park fica próximo a Camden Town e a estacão Baker Street de metro. Ele é lindo e tem uma variedade de pássaros muito legal! Talvez o parque que considero mais bonito de Londres! E o Hyde Park dispensa comentários. Imponente, imenso, cheio de esquilos e memoriais é um lugar perfeito para um piquenique (não no inverno, é claro) e para assistir um por do sol com um céu multicolorido.

 

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8. Cultura à custo zero!

Presente em muitas guerras e com extrema importância na história da humanidade, Londres tem um leque de museus de cair o queixo (e o melhor, de graça!!!). Calma, mas nem todos são de graça. Museus como o Madame Tusseau, Sherlock Holmes Museum entre outros são pagos (e muito bem pagos!). Tate Modern, Tate Britain, National History Museum, Victoria and Albert e National Gallery são os mais tradicionais e gratuitos. Procure pelo tipo de arte que mais lhe agrada e apenas vá, não precisa fazer nenhum tipo de reserva, basta ir.

 

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9. Mind the gap

O metro de Londres é emblemático. Cada estação tem sua historia e seu charme mas tem aquelas que são as “the best of”. Procure passar pelas estações Notting Hill Gate, Baker Street e Kings Cross. Essa última famosa por ser a principal conexão de trem de Londres para os outros lugares da Europa e pela sua beleza. Evite, se puder, a hora do rush. Se você achar que o transporte público em Londres é tranquilo você está enganado. As principais linhas de metro (Central Line, District Line e Picadilly Line) são um caos entre as 17:30 as 18:30.

 

10. Principais atrações londrinas

  • Museus: National Gallery, Tate Modern, Tate Britain, National History Museum, Madame Tusseau e Victoria and Albert.
  • Mercados de rua: Spitafield Market, Portobello Market, Broadway Market, Camden Market e Borough Market (antes de ir, consultar horários e melhores dias dos mercados).
  • Pontos turísticos: Palácio de Buckinham, Big Ben, Abadia de Westmister, London Eye, Saint Paul’s Cathedral, Waterloo Bridge, Tower Bridge, Picadilly Circus, Trafalgar Square, Oxford Circus e Greenwich.
  • Parques: Hyde Park, Regents Park, Richmond Park e Holland Park.

 

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Mas lembre-se: “Quem converte não se diverte”

A Libra Esterlina é uma moeda caríssima em relação ao Real. Troque em terras brasileiras, pois as casas de câmbio na Inglaterra não nos favorecem. Se você converter tudo o que consumir você vai passar fome (e sede). Uma garrafinha de água pode significar R$ 5,00 e um cafezinho (daqueles só com um dedinho de café) R$ 12,00.

Viajar para Londres tem que ser muito bem planejado $$$$!!

Valeu galera, até a próxima!